Meta derruba operação massiva de 'Spamouflage' ligada à aplicação da lei chinesa

Logótipo do Facebook no dispositivo móvel
A Meta anunciou que removeu milhares de contas do Facebook vinculadas a uma rede de desinformação com links para a aplicação da lei chinesa. Crédito: Nikolas Kokovlis/NurPhoto via Getty Images

7.704 contas no Facebook.

Esse é o número de perfis vinculados a uma extensa rede de "Spamouflage" que a Meta diz ter removido de sua plataforma. Spamouflage é um termo apelidado por pesquisadores para descrever campanhas de desinformação online baseadas na China e outras propagandas.

Junto com essas mais de 7.700 contas do Facebook, a Meta também removeu 954 páginas do Facebook, 15 grupos do Facebook e 15 contas do Instagram que faziam parte da operação. A empresa detalhou suas ações em seu relatório Trimestral de Ameaças Adversárias do 2º trimestre, que foi divulgado na terça-feira.

Há alguns destaques interessantes do relatório sobre essa rede. Por um lado, de acordo com a Meta, ela acredita que essa campanha específica de Spamouflage está sendo executada desde 2018. Isso significa que essa campanha de desinformação existe há cerca de 5 anos e não foi detectada pela plataforma até agora. A Meta menciona que descobriu conexões entre a rede e clusters de outros, que havia removido anteriormente da plataforma.

Além disso, de acordo com a Meta, a empresa encontrou ligações entre a campanha Spamouflage e "indivíduos associados à aplicação da lei chinesa". A Meta não detalhou esses links nesta reportagem.

No total, a rede acumulou cerca de 560 mil seguidores. No entanto, a Meta disse que a grande maioria de seus seguidores parecia ser contas falsas ou inautênticas que provavelmente foram compradas de "operadores de spam". O conteúdo postado pela rede não recebeu engajamento substancial, de acordo com a reportagem.

A Meta também compartilhou que a rede gastou cerca de US$ 3.500 no total em campanhas publicitárias no Facebook.

Essa campanha de Spamouflage em particular também foi muito além das plataformas da Meta. O relatório detalhou contas que faziam parte da rede no YouTube, TikTok, Reddit, Pinterest, Medium, Quora, Blogspot, Vimeo, LiveJournal, Tumblr e X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter.

A Meta compartilha regularmente suas descobertas sobre remoções de grandes redes de contas inautênticas em suas plataformas. Em setembro passado, detalhou uma primeira: uma rede com sede na China que tinha como alvo a política interna dos EUA. Esta rede mais recente também continuou a compartilhar conteúdo semelhante, variando de tópicos como COVID-19 e o bombardeio do gasoduto Nord Stream.
Gustavo José

Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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